17 de mar. de 2011

Somos profissionais da palavra. E também da escuta – ou deveríamos ser.

Vejam o que foi extraio de um jornal de um domingo qualquer:

(1) “Campeão, qual entrada tem mais saída?”

Rapaz para o garçom, indeciso diante dos petiscos oferecidos no restaurante.

(2) “-Dona Judith está? -Não. –Saíu com o celular?-Não, saiu com o seu Luiz.”

Empregada ao telefone para alguém que ligara para sua patroa.

(3) “-Não sei se faço boxe ou natação. –Você tem que fazer o que gosta. –Então só vou comer e dormir.”

Entre um casal de namorados à porta de uma academia.

(4) “-Se eu fosse um picolé, a esta hora estaria só no palitinho. –Pois é... e eu tô até com medo de fritar na minha própria gordura.”

Duas mulheres reclamando do calor no centro da cidade.

(5)”-Qual o nome dessa Nossa Senhora? –Essa é a Nossa Senhora geral.”

Entre cliente e vendedora em uma loja de imagens de santos

Reflito sobre as incongruências comunicativas da linguagem humana e de suas denúncias relativamentes claras quanto o quão é mais importante falar, comunicar e se notar percebido do que se envolver de modo interpessoal, bem como de somos culturalmente egocêntricos.

Pelo menos tenho trabalhado isso em mim, ainda bem que sou um aprendiz eterno!

Wellington Bernardino Parreiras
17/03/2011
16:50

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