16 de jan. de 2009

Reflexões sobre o ato de educar

Freire....

Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade.

Paulo Freire

Verdades da Profissão de Professor


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível.

Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.


A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”.

Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire


6 de jan. de 2009

Em meio a inevitável crise capitalizadora.

São 03:00 da madrugada do dia 07/01/2009, vim transpor para o papel e em especial no blog algumas reflexões pertinentes a minha própria trajetória de vida, bem como as primeiras impressões sobre a tão inevitável crise do mercado financeiro.


Ontem tive a oportunidade de repousar-me por volta das 22:00 e como de costume já repousei o tempo necessário e já me sinto preparado para estudar para o concurso que irei realizar no próximo dia 11/01/2009 e/ou para trabalhar com disposição neste belo dia que promete bons fluidos, ops, primeiro preciso de um bom e justo emprego, risos.


Referindo-me ainda sobre ontem e os momentos pelos quais vivenciei, posso assegurar que o ano de 2009 requer de todos as mais incríveis investidas aventurosas, determinação, crença em si mesmo e no que de bom lhe é natural, crença nos momentos contemporâneo que nos convidam às transformações morais, éticas e intelectuais, crer em soluções simples há muito indicadas por grandes sábios em momentos difíceis e complexos, tal posicionamento revela o quão se é humilde e sábio por saber utilizar toda faculdade inteligível.


Há de se ter também flexibilidades em nossas concepções sobre às exigências reais e virtuais em relação ao mercado financeiro, só assim poderemos encontrar em que momento houveram erros aparentemente irreversíveis, entretanto, passível de reparos sublimes desde que assumimos um espírito de eticidade e responsabilidade social, mesmo que ainda sejamos simplesmente um mero e porém significante faxineiro, somos parte do desenvolvimento econômico e da promoção de uma qualidade de vida almejada por todos.


Apesar das incertezas adquiridas ao longo do dia mencionado acima em que fui desbravarem meio a crise econômica vigente, posso também assegurar que ao desempenhar meu papel de cidadão no afã de em meio aos desempregados e às múltiplas vagas em aberto e também das irregularidades contidas na idealização do perfil ideal para este ou tal cargo em que em alguns casos não requer tão significativamente de ter experiências anteriores, posto que, normalmente a própria instituição acaba por treinar aos futuros funcionários sua políticade trabalho e toda metodologia e didática em que são de fato distintas de suas concorrentes no que se diz respeita ao diferencial que lhe possibilita driblar a concorrência, pude sair com um sentimento de esperança.


Infelizmente me deparei com pessoas situadas em uma realidade completamente atrasada em relação às novas exigências do mercado de trabalho. Asseguro convicto que tal disparidade conceitual é um dos muitos dos desencontros reais quando se trata do entendimento de desenvolvimento, melhor, de evolução.


É preciso repensar que tipo de desenvolvimento almejamos, seja na esfera meramente econômica, política, social ou no mercado de trabalho e porque não educacional, uma vez que, a Educação é a real mantenedora e provedora das demais áreas da vida como um todo.


Ao refletirmos sobre as dificuldades presentes nas relações entre empresas e trabalhadores ativos ou não, podemos diagnosticar a ausência cultural de uma formação educacional capaz de promover cidadãos plenos, autônomos e co-responsáveis pelo e no processo de desenvolvimento socialmente relevante para a promoção integral da vida.


Foi-se o tempo de culpabilização em separado, não se é admissível que haja culpados isoladamente, todos somos partes, embora não se isente aos mais evoluídos moral, ética e intelectualmente, e por mais que haja ausência de criticidade em determinados grupos sociais, há também o efeito direto e indireto que acabam por despertar a todos sobre a necessidade de acompanhar o progresso social, ainda que de início precário, já que as transformações são também comprometidas e requer tempo.


Finalizo exprimindo uma reflexão que faço anos a fio, a crise vigente e as crises passadas não são produtos de ausência de recursos naturais somente, elas estão relacionadas direta ou indiretamente com a incompetência humana de gerir uma administração universal e ética, bem como uma ausência de responsabilidade social-mundial.


É de suma importância ressaltar que não acredito que haja uma nova proposta de transformação referente ao capitalismo, não acredito que haja uma nova concepção que irá vencer o capitalismo, posto que, em pleno século XXI, às margens do terceiro milênio não se é possível regredir, ninguém deseja abrir mão da comodidade e a possibilidade de transitar com mais liberdade, não vejo que haja realmente uma pessoa que deseje viver na idade da pedra, no entanto, sou convicto que é possível ressignificar o modo de subsistência, é preciso gerir também com o sensível, não dá mais para ser meramente racional, para tal verdade só é necessário observar como a violência atinge a todos independente de sua classe social.


Wellington Bernardino

07/01/2009 03:00

5 de jan. de 2009

Aprender... Sim, mas como?

“O que nós fazemos nunca é compreendido, apenas louvado ou condenado."
Friedrich Nietzsche

Uma releitura em curso...


Ao passo que educadores dos diversos níveis do ensino brasileiro aprendem a ensinar em meio a um processo transforma tório acentuado em nossa contemporaneidade, visando suprir às exigências de um paradigma subsidiado por ideologias neo-capitalistas adornadas por uma hipervalorização do produto, as contra-indicações afloram significativamente nos espaços escolares e universitários, estas que sinalizam a necessidade de repensar sobre a real finalidade da Educação contemporânea e porque não da vida enquanto natureza contínua.

Em um vaivém informacional bombardeado pelo universo midiático, opiniões se entrelaçam e pouco contribuem para uma reestruturação coerente, coesa e efetiva em resposta às dissonâncias sociais. É certo que manifestações em repúdio ao dogma da política econômica existem, todavia, com poucas repercussões nos holofotes midiáticos e quando são mencionadas, muitas vezes são deturpados seus simbolismos políticos.

O que de fato dificulta a sociedade brasileira em ditar mecanismos políticos plausíveis capazes de consolidar uma sociedade igualitária?

Sabe-se que permeia enquanto redentora de nossa qualidade de vida, melhor, de um País autônomo economicamente, a Educação, está que traz consigo o adjetivo Qualidade, porém é preciso repensar quais são os ideais norteadores de tal Educação.

Dentro desse redemoinho juntamente com educadores, há também universitários que naufragam em uma conexão ora real, ora virtual. Em meio a uma tempestade torrencial, predomina uma sensação de impotência engendrada por um mecanismo dissimulado, este que produz-reprodução, profissionais da Educação impregnados de um discurso politizante libertário aparente recheiam as entrelinhas com ideologias obsoletas e plenamente conservadoras em dretimento de uma gratificação que desqualifica paulatinamente sua identidade educacional.

Se a educação é realmente a redentora, tida como o ponto de mutação cultural, pelo menos na perspectiva de Mandela que nos adverte que “A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo.”. Máxima refletida e sinalizada por diversos pensadores-educadores que ao longo da formação humana são ignorados, como por exemplo, Friedrich Nietzsche.

Ao ler “Escritos sobre Educação.”, subentende-se o porquê das desconsiderações provenientes das corporações econômicas e paralelamente do Estado que suplantam a Educação. Creio que Nietzsche pode oxigenar relevantes contribuições para a reflexão atual em torno da educação, uma vez que, quão contemporâneas são as análises “sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino”.

Cabe aos universitários que em sua trajetória escolar cicatrizaram as memórias de seus educadores com uma ímpar inquietação cognitiva e comportamental significativas, manifestarem como dantes, suas experiências obtidas em sala de aula, contudo, vasto de referencial teórico para que possa mediar à política educacional vigente sem desconsiderar sua “leitura de mundo”, Paulo Freire, com isso haverá transformações no Sistema Educacional.

Aprender... Sim, mas como?

A pedagogia entre o dizer e o fazer: uma releitura no ato de educar contemporâneo. - propõe um ressignificar pedagógico por meio de uma pedagogia de valores, para isso, é vital re-ler o próprio posicionamento político e ideológico em um tempo que o sistema capitalista impõe múltiplas performances intelectuais, sua peculiaridade tem respaldo no paradigma Ciência e Tecnologia.

Ao avaliar a História da educação, pressupõe-se que todas às transformações sociais direta ou indiretamente se dão em paralelo com a educação vigente correspondente a periodização histórica, entretanto, não é sensato permitir focalizar somente nos aspectos exteriores a Educação, uma vez que, seus atores são também protagonistas de ideologias que descaracterizam a essência do educare. – do latim educare, educere – aquilo que vem de dentro; que propicia o desenvolvimento das faculdades.

A História da Educação Brasileira parece inaugurar o século XXI como o início de um tempo voltado à própria História da Educação do Brasil.

Sistema capitalista reorganizado no advento tecnológico
Graças à reorganização do sistema capitalista diante o big bang suscitado na junção entre Ciência e Tecnologia, que concebe e enfatiza um discurso maquiador sob uma Educação de qualidade, a sociedade como um todo fala de Educação de Qualidade, mas sobre quais parâmetros?

De fato a Educação atinge uma dimensão imensurável nas múltiplas linguagens midiáticas que propagam nos mais longínquos espaços habitados desse vasto Estado Brasileiro, em exceção os lugarejos ainda não potencializados sob uma expectativa político-econômica.

Diante de substancial relevância envolta da Educação, alça-se um rótulo dissimulado por uma ideologia esperançosa e ao mesmo tempo redentora, capaz de cegar a racionalidade humana e amputar a sabedoria popular, isso desconfigura não somente a concepção de edurece, assim como a práxis e formação de novos intelectuais.

É de suma importância ressaltar também as dissonâncias individuais e a hiperespecialização de profissionais como um todo e sua pós-formação que se alocam como quebra-cabeça.

Wellington Bernardino Parreiras

Idealizado por Wellington Bernardino Parreiras, graduando o 6° período em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas. Contatos: e-mail: folhetimpedagogiaemcurso@gmail.com ou pedagogiaparaavida@gmail.com – Cel. 8703-4100 ou 9851-4113.