Quem garante que pessoas não héteros não fazem ou farão os mesmos maus-tratos?
É preciso des-romantizar que em só indivíduos héteros que existe um ser agressivo, egocêntrico e dissimulado, posto que somos todos seres humanos.
O ser humano não se distingue em sua psique simplesmente por que houve uma escolha que não remete à racionalidade e sim à emoção - emotividade –.
Perdura sobre a realidade um contrato social descontextualizado com a realidade local de cada micro-relação, a complexidade da convivência entre a natureza da diversidade humana, sobretudo no Brasil, suscita emergências que desencadeiam resultados fast-food, tal acerelação causa um efeito invisível que só se terá colheita certa ao longo dos processos civilizacional em um tempo imprevisto graça as ausências de competências e habilidades de todos os segmentos sociais - Ciência, Religião, Justiça, Estado, Escola, Família e etc. -.
Culturalmente a sociedade brasileira rege-se sobre o prisma dos infindáveis reducionismos que deslegitimam a faculdade inteligível do homem, não vejo na sociedade como um todo analises pertinentes aos seus desencontros de moral capital à sobrevivência de sua espécie, não se discutem sensatamente sobre os males causados pelas religiões e seus lideres irresponsáveis que antolham como cavalos uma massa ignorante e imediatista segundo sua formação errônea ao longo de suas gerações.
Não vislumbro discussões sobre os males contidos no consumismo desenfreado e da hiper valorização de culturas colonizadoras que ofuscam à racionalidade em potencial do indivíduo, pelo contrário, promovem um encantamento eterno quanto as facilidades de resolver questões que requerem o exercício continuo dos neurônios – o encantamento às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs).
Tampouco sobre a nova abolição da escravatura presente nas novas legislações que dão direitos a negros como eu. Mudam-se as estruturas de acessos, entretanto desconsideram os processos para que haja permanência e enquanto isso o abismo da desigualdade socioeconômica e sócio-educacional preexistem no neocapitalismo.
Outro espelhamento da cultura política-modista dos ditos políticos brasileiros é a PCD – Pessoa com Deficiência -. Deve-se refletir sobre legislações para pessoas com deficiências como eu, haja vista que dentro da realidade isso não passa de uma falsa moral, onde de um lado as pessoas com deficiências se iludem e acreditam que são iguais tanto no aspecto do labor quanto no aspecto social. Presenciei e presencio o quão na verdade há uma relação de desigualdade velada que entre seus silêncios, vez ou outra revela os furos desse contrato social descontextualizado dos fatos reais de pessoas que correlacionam nas inter-relações aparentes.
Sejam negro, deficiente, mulher, criança, adolescente, idoso e homossexuais, em todos os discursos para a defesa de direitos dos mesmos sempre discursam que em cada um há um ser distinto e sublime, ora bolas, quantos foram e são vitimizados por pessoas indistintamente à sua condição física ou de gênero e cadê os sujeitos bons elegidos nas falácias que outrora eram desprezíveis a condição humana para aquele fim?
Direito às eqüidades sociais todos têm e são por este direito que devemos lutar, no entanto criar artifícios para forçar um direito como uma criança sem consciência de si mesma e do mundo à sua volta porque ainda se encontra em um estágio de desenvolvimento imaturo, não demonstra dignidade de tê-lo, uma vez que seus processos de construção se deram de modo irracional e antiético.
Vejo que seria mais sábio reunir os pros e os contras, ainda que os mesmo nos sejam especulativos, não vejo vergonha e nem estupidez de assim agir, posto que desde que o homem tomou consciência de si mesmo e do mundo à sua volta, sejam em quaisquer esferas de sua vida pública e subjetiva, ele age sobre especulação e em alguns casos consegue sucessos significativos.
Se eu ainda tiver o Direito de expressar minha vontade e opinião, quero socializar que não me importo com a união entre indivíduos de mesmo sexo, toda via sou contra a adoção de crianças e se for de desejo desses indivíduos terem filhos que busquem à Ciência para que possa desenvolver em suas naturezas biogenéticas recursos capazes de lhe permitirem dar à luz.
Perguntas a serem respondidas tanto pelos homossexuais como pelos heteros e as ciências
Por que são contra a natureza de se unirem segundo a genética da espécie humana e querem psicologicamente criar um ser distinto à criação de sua união sexual?
Que contradição, eu não desejo acasalar com alguém de espécie diferente a minha, mas desejo ter um fruto dessa espécie a qual tenho aversão?
Por que tenho que respeitar e acatar o direito dos indivíduos homossexuais e não posso manifestar e colocar em discussão o meu direito a heterossexualidade?
Por que o Ministério da Educação quer ditar as orientações sexuais dentro das Escolas e com que interesses negligenciam os reais papeis de suas responsabilidades?
Por que a família sempre delega seus filhos a terceiros?
Por que as religiões calam os corpos e as mentes de seres vivos passíveis de prazeres que ofuscam a racionalidade e seria menos sábio aceitar que o prazer é maior e melhor do que qualquer razão e fé e diante tal conhecimento seria mais fácil compreender e redirecionar nossos desejos e receio?
Wellington Bernardino Parreiras
23/05/2011
20:30
