Após receber de Iza Jadjesky via Facebook o vídeo sobre uma reportagem do Fantástico referente ao programa Ser ou não ser?, resolvi no mesmo instante colaborar com à causa suscitada pela ausência de ética ocorrida no Rio de Janeiro em que um turista estrangeiro cego foi deixado no chão morto por afogamento com apenas revestimento de um saco plastico sem autoridade alguma e com outros turistas e cidadãos do Rio de Janeiro posando entre o enquadramento do corpo estirado no chão e o Pão de Açúcar.
O que é o que é o que
era?
O que é um corpo? O que
é um corpo de um morto? O que é o outro?
Se o corpo estiver vivo,
só há familiaridade quando houver naquilo que reporta a mim seja uma imagem e semelhança que não desconforta e
não me faz renunciar o estado em que me encontro ou nos encontramos, quando nos
fechamos em tribos que se estruturam no espírito de grupo fechado, cultura que
vai de encontro ao sentido de comunidade.
Há sujeitos que se
banalizam, há sujeitos que irrompem à ideia de que tudo nos seja comum e imutável,
estes que se compreendem enquanto seres vivos dotados de faculdade cognitiva,
está que os fazem se perceberem enquanto parte do dinamismo biológico que os
regem, enfim são sujeitos que obedecem à
natureza e freiam à condição humana que tende por meio de uma culturalização cristalizadora de emoções essenciais ao
desenvolvimento biológico, psicológico e psicossocial dos indivíduos.
Segundo Humberto
Maturana, todo ser vivo é constitutivo de emoções, por mais desprezível à
sensibilidade racional humana, um animal irracional se desenvolve por meio de
suas emoções biológicas, embora distintas às emoções do homem em função da
racionalidade, somos naturalmente desenvolvidos graças às emoções. Faz-se
necessário ressaltar que o sentido
de emoção para Maturana não é sinônimo de sentimento. Emoções são disposições corporais dinâmicas que definem os diferentes domínios de
ação em que nos movemos.
O livro de Maturana, EMOÇÕES E LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO
E NA POLÍTICA possibilita releituras sobre que ser humano desumano estamos
formando em nossa sociedade contemporânea e nos apresenta novas perspectivas
sobre trajetórias universais a partir de um reposicionamento ético, moral,
político, educacional e espiritual, agora cabe a cada um de nós nos emanamos de
emoções assertivas e nos posicionarmos politicamente em nossas ações humanas e
que seja principiada ainda na pequena esfera que nos circunda e circulamos,
visto que o Mundo hoje é global graças à origem primária – local –,
evidentemente não devemos desconsiderar nossas interações sociais globalizantes, contudo devemos iniciar
a partir do que nos seja conhecido e potencialmente possível intervir
diretamente e enquanto isso, as conseqüências indiretas ocorreram em seus
devidos tempos e espaços em conformidade as propagações dos pequenos atos.
Leituras tidas ao longo
de minha formação acadêmica, embora eu houvesse conhecido Humberto Maturana
antes de inserir-me no curso de Pedagogia na Faculdade de Educação do Estado de
Minas Gerais, quando ganhei o livro Ontologia da Realidade durante um serviço temporário
em uma gráfica em Belo Horizonte.
MATURANA, H. A
ontologia da realidade. Belo Horizonte: UFMG, 1997.
______. Cognição,
ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: UFMG, 2001.
______.; VARELA, F. G.
A árvore do conhecimento: as bases biológicas do conhecimento humano. Campinas,
SP: Workshopsy, 1995.
______. Emoções e
linguagem na educação e na política. Belo Horizonte, MG: UFMG,
1998.
Abraços fraternos,
Wellington Bernardino
Parreiras
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