31 de mai. de 2009

MEC pedirá obrigatoriedade de gradução superior para todos os professores.

Radio Alvorada - 28/05/2009

O Ministério da Educação vai apresentar um projeto de lei ao Congresso Nacional que obriga a graduação superior para todos os professores. Segundo a proposta, para dar aula nos anos iniciais do ensino fundamental, de primeira a quarta série, será necessário ter no mínimo o curso superior de licenciatura. Para os professores da educação infantil, não haverá mudança. Será exigido apenas o ensino médio. De acordo com o ministro Fernando Haddad, o projeto também prevê uma nota mínima no Enem para o ingresso nos cursos de graduação para formação de professores.


http://www.alvoradafm.com.br/Cmi/Pagina.aspx?743

Reflexões sobre Historia da Educação no Brasil, Déficit Educacional e Políticas Educacionais

“Um dia virá em que só se terá um único pensamento: a educação”
(Nietzsche, F. Fragmento Póstumo, 1875).


Pensar o déficit educacional sem considerar as variáveis é um tanto quanto irresponsável, pelo menos por parte dos representantes diretos do sistema educacional e das Políticas Educacionais no Brasil.


Não é possível conceber que a Educação Infantil seja responsabilidade de pessoas sem a mínima formação educacional conceitual em que os sujeitos da educação tenham como prioridade uma formação humana digna de profissionais habilitados segundo às necessidades exigidas na Educação Infantil.


A desvalorização da Educação no Brasil se inicia justamente nos primórdios da Educação, os demais níveis e modalidades de ensinos só são passíveis de investimentos, ainda que ínfimos, em função de uma cultura mercadológica do sistema capitalista.


A História da Educação no Brasil perpassou e transcorre por uma regência em que pondera os cifrões, as notas musicais determinam as escalas de investimentos, tratar de Educação, deve ser sem sombra de duvidas, averiguar se haverá um retorno significativo para sistema capitalista.


Tal ordenamento se dá em comunhão com o dogma da política-econômica apresentada por Nietzsche em seu brilhante Escritos sobre Educação. Creio que Nietzsche pode aportar importantes contribuições para o debate atual em torno da educação.


É no fazer políticas que as decisões são valoradas em conformidade às conveniências assertivas que assegurem a liquidez desenvolvimentista, não é qualquer Educação que é digna de investimentos, algumas são substancialmente gastos insignificantes, a estas só resta determinar que tipo e até que ponto se deve gastar, em contrapartida há outras políticas que favorecem a Educação desde que corresponde à fluidez do bom retorno monetário, aí sim, todo investimento possível deve ser empreendido.


É perceptível na historicidade da Educação no Brasil que o Estado enquanto fantoche, apenas maqueia politicamente o investimento da Educação. Entendendo a Educação como uma coisa só, a educação que se inicia na educação infantil não é uma educação-mirim, o conhecimento não se dá em separado, Educação é Educação, no entanto, sua gradatividade se dá em função de um pensamento cartesiano, este que separa em níveis e subníveis o conhecimento.


Não se educa para atravessar uma avenida apenas olhando para um só sentido e tampouco para olhar apenas o sinal verde, pelo menos no Brasil e em especial em Belo Horizonte, o pedestre que confia sua segurança a um sinal verde de pedestre, põe sua vida em risco, uma vez que faz necessário olhar não só o sinal de pedestre verde, bem como olhar para o motorista que se encontra em um veículo motorizado.


Se um sujeito é educado para atravessar uma avenida como Amazonas ou Afonso Pena sem uma compreensão do todo e de suas partes constitutivas, fatalmente morrerá em sua primeira tentativa de atravessar a avenida.


Outra questão inadmissível é a diferença entre salários dos profissionais da Educação no Brasil, acredito que o valor deva ter um patamar igual, só havendo diferenciação se o profissional for dotado de títulos e em especial for um profissional colaborador de projetos educacionais em sua comunidade escolar e no entorno da Escola.


Mas enquanto o Estado-fantoche estiver a serviço dos cifrões do sistema capitalista e a Ciência ainda permanecer no paradigma cartesiano, mais séculos e milênios vindouros passaram a passados e a Educação se encontrará em idêntica situação no Brasil.


Wellington Bernardino Parreiras

Graduando em Pedagogia pela FaE/CBH/UEMG



Belo Horizonte, 30 de junho de 2009.


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