30 de jul. de 2011

'Estamira'

28/07/2011 - 22h57

Morre protagonista do documentário 'Estamira'

JULIANA VAZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A protagonista do documentário nacional "Estamira" (2005), Estamira Gomes de Sousa, morreu na tarde desta quinta-feira, aos 70 anos, no Rio de Janeiro.

Divulgação
A personagem-título do documentário brasileiro "Estamira", de 2005, Estamira Gomes de Sousa, morreu nesta quinta-feira, aos 70 anos
A personagem-título do documentário brasileiro "Estamira", de 2005, Estamira Gomes de Sousa, morreu nesta quinta-feira, aos 70 anos

Estamira, que sofria de diabetes, estava internada no Hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul). Ela morreu em decorrência de septicemia (infecção generalizada).

O enterro acontecerá no Cemitério do Caju, na manhã deste sábado (30), segundo informou o diretor do documentário, Marcos Prado.

Dirigido por Prado e produzido por José Padilha ("Tropa de Elite"), "Estamira" narra a sobrevivência da senhora de mesmo nome em meio ao lixão de Jardim Gramacho, no Rio, de onde ela tirava sua existência.

Sofrendo de distúrbios mentais, Estamira exibia um discurso filosófico e poético acerca da vida, de Deus e do trabalho.

O filme percorreu diversos festivais internacionais e nacionais. Ganhou o prêmio de melhor documentário no Festival do Rio (2004) e na Mostra Internacional de São Paulo (2004) e ficou meses em cartaz nos cinemas do país.

O diretor do filme, Marcos Prado, compartilhou sua tristeza pela morte de Estamira por meio de sua conta no Facebook.

À Folha, Prado afirmou que "Estamira estava cansada, em seus momentos frágeis. Ela foi totalmente negligenciada, ficou horas sem ser atendida no Miguel Couto". Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio não foi localizada.

Divulgação
Cena do documentário "Estamira", de Marcos Prado, lançado em 2005
Cena do documentário "Estamira", de Marcos Prado, lançado em 2005

4 de jul. de 2011

Implexo em teus encantos o gozo das paixões


Implexo em teus encantos o gozo das paixões

Tecia sentimentos adornados por palavras dóceis, quando mais me inspiravam suas docilidades femininas, mais e mais aperfeiçoavam os fios tecidos, ali diante os infinitos afetos de seus olhares meus pesadelos se desfizeram, havia um conjunto imensurável de esquecidos que nem se quer foram algum dia ditos, sutilmente principiara sob linguagens taciturnas a cura, implexo em teus encantos o gozo das paixões fluíam tais como os perfumes de flores por todo jardim, quando dei conta de mim, me vi assim apaixonado pelos entretons da paixão e pus a contemplar o arco-íris de minhas tempestades.

Mineirim das Gerais

04/07/2011

10:01

1 de jul. de 2011

NORTE-AMERICANOS - Efeitos das DROGAS PESADAS (COCAÍNA, CRACK, OXI) .


Resposta minha a um amigo,

Sem moralismo de cunho religioso ou familiar lhe digo que pode até que segue um tempo em que o homem seja capaz de lidar com drogas quaisquer, mas enquanto ainda não conseguir lidar com si próprio e com seu semelhante, creio que seja melhor destruir quaisquer tipos de drogas, mesmo as licitas que são comercializadas em bares, farmácias, lanchonetes, etc.

Infelizmente embasada numa filosofia relativista e de direito à liberdade total ignorantemente interpretados, assistimos velozmente o afã do espírito humano cair por terra e descer esgoto a céu aberto, as conquistas do homem se esvaem facilmente entre os dedos de uma cultura de consumo exacerbado, de uma sociedade sem valores assertivos, não afirmo que os valores de nossos antepassados são os ideais, mas acredito que parte dos costumes podem ser bem aproveitados e explorados para que possamos ressignificar a nós próprios, contudo isso é algo interiorano que se dá de dentro para fora nas relações interpessoais da unidade familiar E DA PRÓPRIA UNIDADE DE SER DE CADA UM DE NÓS.

O homem e o mundo do trabalho e sua socialização cultural são de suma importância moral à consciência do ser a constituir-se – humano -, bem como é significativo ter consciência dos processos que se dão entre as demais esferas sociais, nas quais cada qual traz consigo valores e papéis sociais que possibilita e potencializa uma extensão qualitativa, moral, ética, solidária com potencial à formação psíquica e humanização do indivíduo humano.

Unidade escolar, unidade religiosa, unidade política, unidade econômica, unidade social e unidade do mundo do trabalho -, são essenciais à formação do caráter da consciência moral do sujeito, entretanto sinto uma ausência de convívios harmoniosos sensíveis à maturação humanizadora do homem dentro das demais esferas sociais, seja em função da imaturidade e ignorância por parte dos empregados, seja por parte dos empregadores.

Percebo e vislumbro que outras pessoas demandam tal sensibilidade quanto ao desequilíbrio relacional de cunho interpessoal e em muitos casos até profissional nos espaços de convívios diários aos quais as pessoas se encontram em mais tempo - empresas-. Contudo pressuponho o quão seria de suma importância que dentro dos espaços socializadores haja diálogos mais abertos, sinceros e responsáveis sobre o capital humano que colabora e constitui – o ser humano – e a partir daí, ter como valor essencial o desenvolvimento humano em todas suas dimensões, valorar o sensível é compreender que a evolução não se dá apenas por meio de bens materiais – o ter – e sim com a junção das demais dimensões que compõe o homem.

De todas as unidades apresentadas limito-me a referir apenas a unidade familiar e do mundo do trabalho, no entanto friso que na unidade religiosa concentra-se um disparate antiético e imoral que devem ser postos em xeque, uma vez que como disse muito bem nosso ilustre Paulo Freire É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” .

Será necessária a escassez do ter absoluto para o regresso do homem ao Ser?

Cada um de nós age como um girassol, cada qual se posiciona segundo aos raios de sol, todos se encontram num quadrante solar, no entanto em separados, a individualidade da espécie humana não encontra um ponto comum como os demais seres vivos que compreendem que são partes de um ecossistema superior aos seus microssistemas, isso dificulta e destrói a oportunidade de uma reverência natural voltado ao Sagrado e a nós mesmos, não nos reverenciamos diante à existência Suprema que se encontra em cada um de nós e entre os elos que nos completam, graças ao egocentrismo e absolutismo do espírito humano que se julga superior em demasia, pelo menos isso é freado por um numero ínfimo de pessoas, graças a Deus.

Assistiremos todos nós, uns com imensurável alegria e prazer pela conquista adquirida, outros com o Espírito doído pela transgressão degenerativa que mais uma vez terá a vitória, mas esperar o quê de uma sociedade fadada às corrupções em seus mais diversos nichos sociais - igreja, política, economia, ong, partido, escola, educadores, pai, mãe, irmão, enfim o homem seja ele em separado dos grupinhos ou dentro deles -?

Abraços fraternos,

Wellington Bernardino Parreiras
30/06/2011 - 16:00

Diálogos a partir da publicação de fotografias de pessoas que usaram drogas:

Meu companheiro e irmão,

Digo companheiro por ser um dos poucos que pisam o mesmo terreno que eu; digo irmão por comungar comigo as mesmas idéias e inquietações.

Justificado o tratamento, compartilho com o irmão algumas ideias sobre as questões de mercado de consumo tentando relacionar a mídia com a violência contra o outro e contra si.

A palavra mídia é uma apropriação saxônica do latim media (os medias), cujo sentido é mediação ou mediador, ou a preparação necessária para construir uma ponte que ligue um desejo ao objeto desejado, um projeto de ação que possa conduzir a sua efetiva realização. Creio, analisando essa compreensão da mídia e fazendo uma rasa leitura de seus objetivos, que o estreitamento buscado pela mídia nas sociedades de consumo e acumulação capitalista, não leva em conta qualquer sujeito mediador.

Essa construção midiática tem como fim principal eliminar, subjetivamente, qualquer possibilidade do outro; a ligação fica direta: imagem e desejo, desejo e aquisição. Todo o resto se torna um lugar de impossibilidade, de não aceitação. O sujeito vê o objeto e imediatamente o deseja; deseja e imediatamente adquire, mesmo que isso nada acrescente em sua vida. Logo a seguir a imagem do mesmo produto, levemente modificado, é apresentada ao mesmo consumidor que, num átima, deseja e o adquire, descartando o anterior. A isso chamamos alienação.

O problema da violência contra o outro e contra si mesmo, na minha compreensão, surge nas sociedades de grande consumo pelo dilema dessa falta de sentido construída no vazio frio dos produtos que consumimos e que nunca são suficientemente mediados para que, quando conquistados, ganhem alguma significação. O vazio criado por essa incompletude e a angústica de conquistar, sem mediação alguma, todos os prazeres prometidos pela estreiteza proposta pela mídia - e aqui convoco novamente o sentido pleno dessa palavra -, além de eliminar a possibilidade de socializar com o outro os nossos desejos, nossos projetos, nossas mediações enfim, elimina qualquer obstáculo entre aquilo que desejo e o objeto desejado.

Nesse lugar dos desejos imediatos o sujeito perde o direito de opiniar sobre suas vontades, de socializar com o outro esses projetos e até mesmo suas angústias pela impossibilidade de aquisição de alguns deles. Sem esse direito e no isolamento das mediações impossíveis e inaceitáveis, o sujeito se vê só, tem medos e é capaz de matar ou se matar em nome dos desejos que a mídia plantou em sua subjetividade e que, uma vez frustrados, provoca a explosão violenta ou o completo afundamento na lama das drogas de prazeres perversos.


Enfim, é essencial compreender as armadilhas que a mídia planta nas sociedades de consumo, ler criticamente suas entrelinhas buscando entender seus mecanismos para tecer a lógica contrária. Se pregam a imediatez, busquemos as mediações, socializando com o outro nossos projetos, desejos, angústias e dilemas. É preciso, antes de tudo, reconstruir o tecido social que a mídia tão bem sabe desfazer.

Um abraço e boas férias!

Salomão


Salomão,

Honrado amigo e irmão de imensa intensidade e ideologia significativa segundo a essência dos significados muito bem apresentados por vossa pessoa, lhe sou grato pelo afeto e consideração fraterna.

De fato argumentastes muito bem, creio que por ter ciência da subjetivação do sujeito que a mídia educa de modo medíocre os indivíduos, estes que carentes e ignorantes se moldam segundo os perfis lhes impostos.

Por desconhecer os mecanismos inteligíveis e emotivos presentes na psique humana, muitos de nossos semelhantes se sujeitam maciçamente à aculturação alheia e com isso lançam mão de suas intervenções necessárias à mediação evolutiva de sua persona, não obstante mesmo que infimamente preserva em seu íntimo uma essência capaz de irromper tal superficialidade lhe cultivada, no entanto lhe será necessário sair da caverna, mas para tal condição todos nós enquanto indivíduos mais esclarecidos cabem mediar durantes os processos emancipatórios, sobretudo se nos encontramos como atores educacionais que propiciam ao outro o direito de ter acesso ao saber e conhecimento universal do ser humano.

Entre os extremos referidos por mim, ponho-me entre ambos com o intuito de mediar a tal modo que as partes se ressignificam e propõem outras diretrizes: moral, ética, ideolócio-político e afetivo para novos horizontes plausíveis à formação humana.

Um agir embasado em fundamentalismo absoluto nos distancia do equilíbrio da consciência moral, seja no âmbito religioso, político e ideológico que seja seu fundamento ditatorial.

Humildemente tenho a sensação que nos formamos e nos posicionamos apenas a partir de dois extremos, ou isto ou aquilo, o certo ou o errado, o bom ou o mal, bem como há uma relatividade absolutista sempre quando surge uma oportunidade de convite à reflexão integral do homem diante a si próprio e aos seus semelhantes em justaposição à atitude política e jurídica as quais derivam sua extensão humana formativa.

Não vejo respostas a priori senão por meio da Educação integral do sujeito crítico-reflexivo presente nas escolhas de grandes personalidades humanas, Paulo Freire, Edgar Morin, Cecília Meireles, Hannah Arent, Vigotski, Milton Santos, Henri Wallon, Bourdieu, etc..

Meu querido irmão, confesso que sonda-me instantes de descrenças, mas quando estou frente a frete com os excluídos, sinto uma energia e potencia que me retroalimenta e me traz a racionalidade sentidos e significados para continuar na grande batalha em prol da liberdade e do direito à formação humana plena.

Abraços fraternos,

Wellington Bernardino Parreiras

01/07/2011 - 11:47

DESPERCEBIDO PELO DESPERDÍCIO - CHICKEN A LA CARTE


Despercebido pelo desperdício

Chicken a la Carte

Desperdício

Natureza

Em toda sua extensão


Fauna

Flora


Bebês

Crianças


Adolescentes

Jovens


Adultos

Idosos


(eu)


Quando do outro lado de mim

Agradecem pelo resto


Alguém

Despercebido

Pelo desperdício

Mineirim das Gerais

01/07/2011

09:42