8 de mar. de 2009

Escola da família

Escola da família abre 6,8 mil vagas até 13 de março

Confira como se inscrever no programa que financia sua mensalidade

Publicado em 06/03/2009 - 13:00

Por Mariana Bevilacqua

O governo do estado de São Paulo abriu inscrições para o Programa Bolsa Universidade/Escola da Família. A iniciativa concederá 6,8 mil bolsas de estudos para graduação em troca de trabalhos assistenciais prestados pelos estudantes universitários nas escolas públicas estaduais e municipais de São Paulo durante os fins de semana. Os candidatos interessados devem se inscrever pelo site do programa até o próximo dia 13 de março.

Para participar, é preciso estar matriculado em uma das 234 IES (instituições de Ensino Superior) conveniadas, ter cursado os três anos do Ensino Médio em escola pública municipal ou estadual paulista, não participar de qualquer outro benefício para pagar a mensalidade e estar disponível para participar das atividades do programa aos finais de semana.

A bolsa garante aos universitários 100% de gratuidade no custeio de seus cursos, com 50% da mensalidade paga pelo governo do estado (limitada ao teto de R$ 267 por mês, renovável semestralmente) e o restante financiado pela própria faculdade. A idéia do programa é dar aos universitários a bolsa, mas levá-los de volta à origem - a escola pública - e fazer com que contribuam com seu empenho e dedicação para o crescimento da comunidade local.

Inscrições

No momento da inscrição, pelo site do programa é possível consultar a quantidade de bolsas por Instituição de Ensino e curso, e a quantidade de vagas por Diretoria de Ensino e por Escola.

Para proceder a inscrição, clique em Cadastro de Candidato e preencha todas as informações de todas as páginas. Para quem já está cadastrado no site, basta preencher os campos CPF e senha para acessar sua ficha. Se você esqueceu sua senha, encaminhe um e-mail para escoladafamilia@fde.sp.gov.br. Depois do cadastrato, imprima o protocolo de inscrição e siga as orientações nele contidas.

Calendário

Depois do encerramento das inscrições pela internet, o candidato terá até o dia 17 de março para entregar a documentação exigida na diretoria de ensino a qual a escola onde escolheu trabalhar está vinculada. Os universitários conhecerão a escola onde irão atuar no dia 26 de março. O começo das atividades está marcado para 4 de abril. Caso haja mais candidatos do que o número de vagas abertas, os universitários serão escolhidos por meio de análise socioeconômica.

É necessário que o candidato entregue os seguintes documentos: RG; CPF; título de eleitor e comprovante da última eleição; certificado de reservista (para homens maiores de 18 anos); comprovação de renda familiar; histórico escolar do Ensino Médio; atestado de matrícula ou outro documento que contenha o nome da instituição de Ensino Superior, o número do registro de matrícula, curso, ano ou semestre letivo e período; comprovante de residência; comprovantes de gastos do grupo familiar, como contas de água e luz, telefone, plano de saúde, mensalidades escolares, notas fiscais; e recibo de pagamento do último aluguel ou recibo de financiamento do imóvel.

Trabalho comunitário

A contrapartida exigida dos bolsistas pelo governo é a prestação de 16 horas semanais de serviços comunitários nas escolas públicas do Estado durante os fins de semana. O trabalho é dividido em 8 horas presenciais nos sábados e outras 8 horas no domingo nas unidades escolares que prestarão assistência às comunidades do entorno.

Segundo o regulamento do programa, o bolsista, que leva o título de educador universitário, terá de produzir trabalhos conforme sua área de estudo ou habilidade pessoal, para atender às necessidades da comunidade local. À medida que vagas remanescentes surgirem durante o ano, novos bolsistas serão escolhidos.

Retorno social

O objetivo do programa é manter as escolas abertas aos finais de semana, atrair a população vizinha para atividades educativas e recreativas e servir como opção de lazer às famílias dessas comunidades. Assim, com uma única ação, a proposta é minimizar dois problemas graves: o ambiente de violência em que vive o jovem paulista e a exclusão das camadas mais carentes da população do Ensino Superior.

Os portões das escolas são abertos para todas as pessoas, sem qualquer restrição. Até mesmo os próprios cerca de seis milhões de alunos destes colégios são beneficiados pela programação desenvolvida nos finais de semana.

Os bolsistas, assim como os voluntários que participam do programa, são treinados antes do início das atividades do Escola da Família. Professores da rede pública de ensino são contratados para coordenar os trabalhos realizados nas escolas.

O site oficial do programa é www.escoladafamilia.sp.gov.br. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-7700012.